A vida...
Hoje deixo-vos apenas este poema, que adoro e que decorei desde pequenina. Acho-o uma verdadeira obra prima... tal como à própria vida...
A Vida
A vida é o dia de hoje,
A vida é ai que mal soa,
A vida é sombra que foge,
A vida é nuvem que voa;
A vida é sonho tão leve
Que se desfaz como a neve
E como o fumo se esvai;
A vida dura um momento,
Mais leve que o pensamento,
A leva-a o vento,
A vida é folha que cai!
A vida é flor na corrente,
A vida é sopro suave,
A vida é estrela cadente,
Voa mais leve que a ave;
Nuvem que o vento nos ares,
Onda que o vento nos mares,
Uma após outra lançou.
A vida - pena caída
Da asa da ave ferida -
De vale em vale impelida
A vida o vento a levou!
A Vida
A vida é o dia de hoje,
A vida é ai que mal soa,
A vida é sombra que foge,
A vida é nuvem que voa;
A vida é sonho tão leve
Que se desfaz como a neve
E como o fumo se esvai;
A vida dura um momento,
Mais leve que o pensamento,
A leva-a o vento,
A vida é folha que cai!
A vida é flor na corrente,
A vida é sopro suave,
A vida é estrela cadente,
Voa mais leve que a ave;
Nuvem que o vento nos ares,
Onda que o vento nos mares,
Uma após outra lançou.
A vida - pena caída
Da asa da ave ferida -
De vale em vale impelida
A vida o vento a levou!
João de Deus
9 Comments:
Ainda bem que alguém consegue descrever o que é a vida. Eu não consigo...
Não tenho esta facilidades nas palavras nem a solidez destas convicções. De qualquer forma aprecio a arte da poesia que partilhas. Mas aprecio sobretudo a capacidade, que possivelmente terás, de acreditar, tal como descrita no poema, que a vida assim é!
Será que aprecio?! Ou será que invejo mesmo?!
Parece-me, vendo o teu blog, que, ao contrário do que dizes, tens muita facilidade nas palavras que, tal como o poeta, partilhas com quem as quer sentir...
Falas de solidez... não há solidez na poesia... tal como o não há na vida... há incongruências, momentos, antíteses, belas metáforas... só tu podes escolher no que acreditar...
Confesso que concordo plenamente com o que dizes acerca da solidez... concordo que só eu posso escolher no que acreditar. E eu acredito no paradoxo... na vontade de viver sabendo que é a morte que nos espera... na certeza que nos divertirmos quando na verdade trabalhamos a semana inteira... na necessidade de estarmos com os nossos amigos que só vemos uma vez por mês... no desejo de crescer mantendo-nos eternamente infantis... na crença de que temos uma vida quando, muitas vezes, não vivemos um só momento!
Que lindas palavras!
:)
utzi... são apenas palavras! Palavras que muitas vezes custam a sair... palavras que outras vezes não encontramos quando precisamos delas... palavras que nos encantam pela forma como se entrelaçam... palavras que nos depedaçam pela maneira como nos ferem... palavras que nos levam até às nuvens como as tuas me levam até à tua... enfim... palavras!!
Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca,
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto,
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas, inesperadas
Como a poesia ou o amor.
[...]
Alexandre O´Neill
As palavras do poeta são bonitas... o Alexandre O'Neill abraça-as como muito poucos... embrulha-as em presentes lindos que nos oferece... mas... e as tuas utzi?... as tuas palavras?! Como são?
Não são tão belas como as tuas ou as dos que poeticamente as pintam no papel para que outros, como eu, as possam admirar e com elas imaginar magnificos cenários. Mas são sentidas, verdadeiras, por vezes tristes, por outras alegres... e são certamente um pedacinho de mim...
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