O teu corpo
O teu corpo,
Onde se fundem minhas mãos
Em busca da própria alma...
Sim, porque sem ele são simples mãos,
Desprovidas de sentir,
Sem razão para existir.
O teu corpo onde me encontro,
Onde sempre pertenci,
O teu corpo, meu abrigo,
O teu corpo onde eu nasci.
Esse corpo onde me sei,
Minha essência, minha lei,
Meu único sentido,
Meu destino definido
Que não ouso questionar...
Pertenço-lhe, pois,
Somos um só e não dois,
Assim como, no início de todas as coisas,
A terra pertencia inteira ao mar.
Pertenço-lhe, pois,
Somos um só e não dois,
Assim como, no início de todas as coisas,
A terra pertencia inteira ao mar.
Imagem retirada de olhares.aeoiu.pt
20 Comments:
O teu corpo, meu abrigo,
O teu corpo onde eu nasci.
mãe, és tu ?
Sempre em grande procura...
Sim, somos sempre seres incompletos em busca de algo...É esse o fundamento do existir, procurar a nossa razão de ser.
Palavras lindas, inquietas mas irresistíveis.
Um beijo
Muito belo! O corpo de quem amamos é a nossa casa.
Francis, sei que és meu filho, mas eu não sou teu pai. Quem sou eu? Se não souberes, fica sogadito e não digas mais disparates... Beijo
Xisko the kid, e não é isso mesmo que caracteriza a vida, a continua procura?
Donagata, não posso estar mais de acordo. Obrigada e muitos beijinhos
Maria laura, e essa sensação de chegar a casa e tudo o resto deixar de existir é das mais maravilhosas que existem... :) Beijos
Gostei do teu poema (para variar...).
Há coisas que fazem parte de nós e não são nossas. Ou são nossas mas não fazem parte de nós... o que, trocado em miúdos, pode querer dizer a mesma coisa.
E tu diseste-o muito bem:
"O teu corpo onde me encontro,
Onde sempre pertenci,
O teu corpo, meu abrigo,
O teu corpo onde eu nasci."
Boa Páscoa
Beijinhos
Nilson, obrigada :) Uma Páscoa Feliz para ti também, estimado amigo. Beijo
A unidade. É preciso ser-se grande para conseguir essa união. E tu és grande sem dúvida nenhuma.
Mais um excelente "derrame mental" ... LOOL
Nuvem...A Florbela Espanca do século XXI?
Narrador, não me sinto de todo à altura de tamanho elogio... Mas agradeço-o e fico muito honrada com essas palavras. Beijos
O amor incondicional, sem nenhum limite, nenhuma medida. A utopia dos seus versos não conhece fronteiras, Nuvem querida.
Beijos!
Oliver, e escrita é um mundo cujos horizontes não têm fim mesmo... É isso que a torna infinitamente mágica, apaixonante... Ilimitada. Mil beijos e obrigada :)
NUVEM
Olá
Grande poema, mas que dá para várias vertentes...
Na procura....
Na busca....
Na incerteza, ou não.
Sabes que gosto muito de te ler, só não gosto que postes poemas tristes...
Querida amiga, Uma Santa e Feliz Páscoa desta noite até Domingo.
Beijos amendoados;)**
Gostei deste teu espaço, virei mais vezes.
Uma boa Páscoa.
Fernando
Joseph, beijinhos e Boa Páscoa :)
Fernando, obrigada pela visita e pelas palavras deixadas. Fico à espera de um regresso.
Querida nuvem,
é verdade, como dizes, que a escrita é um mundo cujos horizontes não têm fim mesmo...
Não é menos verdade que o amor incondicional e sem medida é o que mais nos tenta e inspira..
Pois, mas poucos o escrevem assim.
Beijinhos e veludinhos
Aquele corpo a quem sempre pertencemos...no qual nascemos e é o nosso porto seguro!!!
Querida nuvem, este teu sentir expressado de novo de uma forma sublime!
Encantada!
Beijinho doce te deixo minha querida,:)*
Blue velvet, fico sem palavras... Obrigada. Mil beijos directos do coração
Ana, fico feliz por te encantar com tão simples palavras :) Mil beijinhos
Como um veleiro que por fim encontra o seu porto seguro :)
Mh, é uma bonita metáfora, essa. Beijo
pelo corpo se molda a alma fundindo razões de outra dimensão...sempre encantadora na forma, cadência e profusão de emoções
um abraço
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