Ar
Já não procuro a luz
a noite
a flor,
a realidade invade-me os olhos
inunda-me a boca,
rebenta violentamente em mim
com a força do mar.
Já não adormeço de dia
de sonho,
estou imóvel no início do mundo,
olhando-te
líquido e distante,
amando-te apesar de ti,
à espera da última
explosão.
a noite
a flor,
a realidade invade-me os olhos
inunda-me a boca,
rebenta violentamente em mim
com a força do mar.
Já não adormeço de dia
de sonho,
estou imóvel no início do mundo,
olhando-te
líquido e distante,
amando-te apesar de ti,
à espera da última
explosão.
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