Este fim de semana fui comprar uma prenda para um jovem, e, como se poderá prever, acabei numa loja de jogos para a playstation... dei comigo a reparar que a maior parte destes são violentos, sangrentos e para maiores de 16 (pelo menos!... Digo eu que nada sei...). Lembrei-me, então, do primeiro jogo de consola que joguei quando era miúda... o "Super Mario", da Nintendo. Para os que o jogaram, digam lá, aquilo não era mesmo giro? Eu explico. O Super Mario (que é o nosso herói), era um senhor gordinho de bigode (não, não era tipo Rambo) que tinha que passar uma série de níveis para salvar uma princesa de cabelo vermelho que estava presa num castelo protegido por inúmeros obstáculos. Para vencer, ele tinha que bater com a cabeça nos vários tijolos que encontrava pelo caminho para recolher as moedinhas que lá se encontravam escondidas, saltar por cima dos bichos maus para os esborrachar (sem haver esguinchos de sangue, imaginem!) e comer cogumelos para ficar maior ou tornar-se invisível. Quando chegámos ao Super Mario 3, o homenzinho até subia pés de feijão para ir até as nuvens e dava balanço para voar... não sei como se conseguiam passar horas a fio a jogar estes jogos se não haviam mortes violentas, mortos-vivos, armas, ou carros a explodir... éramos uns miúdos muito estranhos...
segunda-feira, 26 de junho de 2006
Este fim de semana fui comprar uma prenda para um jovem, e, como se poderá prever, acabei numa loja de jogos para a playstation... dei comigo a reparar que a maior parte destes são violentos, sangrentos e para maiores de 16 (pelo menos!... Digo eu que nada sei...). Lembrei-me, então, do primeiro jogo de consola que joguei quando era miúda... o "Super Mario", da Nintendo. Para os que o jogaram, digam lá, aquilo não era mesmo giro? Eu explico. O Super Mario (que é o nosso herói), era um senhor gordinho de bigode (não, não era tipo Rambo) que tinha que passar uma série de níveis para salvar uma princesa de cabelo vermelho que estava presa num castelo protegido por inúmeros obstáculos. Para vencer, ele tinha que bater com a cabeça nos vários tijolos que encontrava pelo caminho para recolher as moedinhas que lá se encontravam escondidas, saltar por cima dos bichos maus para os esborrachar (sem haver esguinchos de sangue, imaginem!) e comer cogumelos para ficar maior ou tornar-se invisível. Quando chegámos ao Super Mario 3, o homenzinho até subia pés de feijão para ir até as nuvens e dava balanço para voar... não sei como se conseguiam passar horas a fio a jogar estes jogos se não haviam mortes violentas, mortos-vivos, armas, ou carros a explodir... éramos uns miúdos muito estranhos...
10 Comments:
Um tema complexo e que aparentemente parece simples. Repara os jovens não têm culpa desses jogos que existem hoje, nós sim os adultos, temos a máxima culpa. Os jovens de hoje são mais generosos do que nós e muito mais educados. Fico por aqui, ainda dava para'mais'.
Fica bem.
Manuel
Mais generosos e mais bem educados? Pensas mesmo que sim? Penso ser difícil essa generalização, mas acredito que no que diz respeito à educação, e sendo ela parte constituinte de um sistema alargado que responsabliliza pais e escola, caminhamos para pior.
Quanto à culpa dos mais velhos, estou plenamente de acordo, também não quis de forma alguma culpar os miúdos pela violência que os envolve. O problema é que a dado momento eles próprios fazem parte dessa viloência e ela, por sua vez, passa a fazer parte das vivências deles. É, pois, precisa uma rede de apoio forte e com valores educacionais, para que essa violência seja assimilada pela criança de forma construtiva (até porque ela existe no mundo real) e para que entre o real e o virtual se crie uma barreira saudável.
Peço desculpa pelo discurso, mas aproveitei para falar um bocadinho a sério já que o post era em jeito de brincadeira :)
Um beijinho para ti, isa... até já me estou a sentir velha com este post... os jovens, os jovens... ainda nem cheguei aos trinta!
Boa semana para ti tb, beijinhos!
Bem, eu sempre fui um grande fã de Super Mario. Este sempre é um pouco limitado, pois em criança nao tinha consolas nem nada disso. Joguei já em computador com uns programazinhos a simular as consolas que tinham o jogo.
Pois eu acho que os jovens têm culpa disso... há uma comerciaçização em massa desse tipo de jogos (sangrentos e violentos) porque eles realmente se vendem e o pessoal gosta.
É verdade the postman, vendem-se e o pessoal gosta... :s talvez porque existe toda uma estrutura de base cultural (e aqui englobo tudo o que faz de uma cultura aquilo que ela é) que promove esse "gosto"... é obvio que não desresponsabilizo o indivíduo ou as suas escolhas, mas admitamos que quando estas são feitas na infância são sobretudo produto de influências externas, dado que a personalidade não está, ainda, totalmente formada e o sistema de crenças não é suficientemente consistente.
Mas isto dá pano para mangas... :)
Dou-te toda a razão quando falas das influências que isso pode trazer. E concordo também com todo o resto do que disseste. Essa cultura infantil violenta vê-se, para além dos videojogos, nos desenhos animados, na BD...
e sim, há mesmo pano para mangas :)
Ola, pegando na deixa, às vezes penso que esses jogos mais violentos não são usados por jovens adolescentes, mas sim por adultos ainda jovens, a quem o super mário não dava "pica"...
é uma opinião, talvez baseada erroneamente, nos jovens que tenho em casa, nos amigos deles, nos amigos dos amigos, nos filhos dos amigos...
Quanto ao Super Mario, brinquei muitas noites com os jogos das filhas :)
Beijinho
Van
...eu tb sou do tempo do super-mário...bolas tou cada vez mais velho!!!
;)
bjocas
ps-obrigado pelos teus comentários lá no meu cantinho!!!
vanda, concordo contigo quando dizes que estes jogos também são usados por jovens adultos ou ainda por "adultos adultos"!... e cada vez mais... mas eu continuo uma adepta fervorosa do Super Mario :) Bjs
little blue sheep não precisas de me agradecer, é com todo o gosto que deixo comentários no teu cantinho :)
Marta, também eu te agradeço a visita. Espero que passes por cá mais vezes :)
Beijinhos
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