Borboleta
Bateu as asinhas, devagarinho, como piscares de olhos ao nascer do sol. Procurou um lugar para pousar, mas eram tantos os cheiros e as cores das flores que a olhavam com as pétalas abertas de espanto, que não conseguia decidir-se. Até que a viu. Viu-a e amou-a no mesmo instante. Sabia que a sua existência era breve, como um suspiro. Sem mais demoras pousou nela. E ali ficou até ao dia em que as suas asas deixaram de bater e os seus olhos se encheram dela pela última vez.
5 Comments:
E quando as suas asas deixaram de bater ela estava feliz, isso sim, é muito importante. Atingiu uma meta, aproveitou-a e amou-a até poder.
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Adoro a beleza e a fragilidade das borboletas...
The postman, também acho que isso é o mais importante. *
Ana, concordo contigo, as borboletas sã muito delicadas, acho que é isso que as torna tão belas. Beijos
Isa, gostei da metáfora :) obrigada e beijos para ti.
Costumo dizer que me acho parecida com as borboletas, pq qd as pegamos ficamos com um pouco da cor das asas delas nas nossas mãos...
Gostei tanto de teu texto, utzi!!
Um beijinho
Just an ordinary girl, sabes que quando pegamos nas asas da borboleta estamos a tirar-lhe instantes de vida?... Eu soube disso quando tinha aí uns cinco anos, e adorava andar a brincar com esses "anjinhos dos jardins", como diz a Isa calixto. Como tinha pegado já em várias, quando me explicaram fartei-me de chorar... nunca mais peguei numa borboleta... :) beijos, ainda bem que gostaste do post.
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