segunda-feira, 10 de julho de 2006

OS POEMAS

Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...

Mario Quintana - Esconderijos do Tempo



6 Comments:

Blogger just me, an ordinary girl said...

Que lindo, utzi!

"o alimento deles já estava em ti", sim, deve ser por isso que uns gostam tanto de poesia e outros não...

Um beijinho, para ti

7/10/2006  
Blogger ruth ministro said...

Um beijinho também para ti just an ordinary girl... também acho que admirar estes "pássaros" é um privilégio que exige grande sensibilidade :)

7/10/2006  
Blogger ricardo said...

:)
Mário Quintana é sempre um optima escolha!
bjinho

7/10/2006  
Blogger ruth ministro said...

Mais um gosto que temos em comum, little blue sheep. Mário Quintana é incomparável :) *

7/10/2006  
Blogger carteiro said...

Lindíssimas palavras de um óptimo gosto que tens, Utzi.
Esse alçar vôo sem destino é uma coisa magnífica.
**

7/11/2006  
Blogger ruth ministro said...

Sim The postman, não há nada como voar, simplesmente voar...

7/11/2006  

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