OS POEMAS
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...
Mario Quintana - Esconderijos do Tempo
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...
Mario Quintana - Esconderijos do Tempo
6 Comments:
Que lindo, utzi!
"o alimento deles já estava em ti", sim, deve ser por isso que uns gostam tanto de poesia e outros não...
Um beijinho, para ti
Um beijinho também para ti just an ordinary girl... também acho que admirar estes "pássaros" é um privilégio que exige grande sensibilidade :)
:)
Mário Quintana é sempre um optima escolha!
bjinho
Mais um gosto que temos em comum, little blue sheep. Mário Quintana é incomparável :) *
Lindíssimas palavras de um óptimo gosto que tens, Utzi.
Esse alçar vôo sem destino é uma coisa magnífica.
**
Sim The postman, não há nada como voar, simplesmente voar...
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