segunda-feira, 28 de agosto de 2006

Felicidade


Quem disse, um dia, que a felicidade não bate duas vezes à porta, não é, certamente, conhecedor da história (desculpem-me os adeptos do novo termo "estória", implico com ele) da Branca de Neve e os Sete Anões. Vejamos, tendo em conta o destino da personagem principal deste conto, o que pretendo expor com esta teoria.

Certo dia, a Branca de Neve ouve alguém bater à porta e, em toda a sua inocência, abre a porta. Dá, então, de caras com uma velhinha simpática que lhe oferece uma maçã vermelha apetitosa. Sem suspeitas de malícia, a nossa querida Branca aceita a maçã envenenada. Parece ser o fim da felicidade, não é? Mas não. É que, entretanto, surge um príncipe que vem salvá-la desta maldição, repondo a felicidade na vida da pequena.

Ora, é aqui que entra a minha teoria. Se, tal como acontece com Branca de Neve, a suposta felicidade (que não é a felicidade mas sim algo mascarado de felicidade) nos bater à porta pela primeira vez, com o seu sorriso encantador e as suas oferendas doces, e nós a deixarmos entrar, não estamos realmente a usufruir da primeira e única visita da dita cuja. Sim, porque ela na verdade não é a felicidade, ainda que se pareça enormemente com a mesma. É uma farsa, portanto. Assim sendo, esta primeira visita não conta como primeira e teremos o prazer de receber a genuína felicidade na sua segunda, ou na realidade primeira - já que a primeira primeira não era a verdadeira primeira -, visita. Aí sim, poderemos conhecer a felicidade plena, sem requintes de malvadez.


Sei que esta teoria pode parecer estranha... mas pelo sim, pelo não, não fechem as vossas portas à felicidade quando a ouvirem bater à porta pela segunda vez... ou primeira... :)


P.S. É bom estar de volta! Beijos a todos.

12 Comments:

Blogger teorias said...

Não sei porquê, mas simpatizei com a teoria (porque será?)! Julgo que nunca devemos ter a porta fechada para a felicidade... seja à primeira ou à segunda (primeira) vez...
Embora eu acho que a felicidade não seja um traço, mas sim um estado ao que, por vezes, nos conseguimos aproximar...

p.s. espero que tenham sido revitalizantes essas férias

8/28/2006  
Blogger ruth ministro said...

Foram muito revitalizantes mesmo :) obrigada pela visita caro teorias, é sempre um prazer ter-te por cá. Beijos

8/28/2006  
Blogger ricardo said...

:)
fiquei contente pelo teu regresso...
beijo

8/28/2006  
Blogger ruth ministro said...

Obrigada Little blue sheep, sabe bem estar de volta... também estava com saudades vossas :) Beijos

8/29/2006  
Blogger ruth ministro said...

Tolo... a tua sorte é eu gostar de ti!
Jinho

8/29/2006  
Blogger carteiro said...

É bom estares de volta e feliz fico por terem sido revitalizantes. O tempo, que é mau, nao me deixa apreciar e analisar, como deve ser, a tua teoria. Mas vejo que concordo com muito do que dizes. "(...)já que a primeira primeira não era a verdadeira primeira". Já usei muito afirmacoes semelhantes a esta, daí perceber perfeitamente o teu ponto de vista.

P.S. A poesia (pelo menos a minha) tem ficado escondida por debaixo das pedras. Talvez um dia destes hajam gotas de chuva que as deixem emergir e facam voltar a poesia. (Gostei de te teres lembrado de tal 'pormenor').

8/29/2006  
Blogger ruth ministro said...

Sabes, The postman, quando apreciamos alguém temos tendência a reparar nos pormenores. Gosto muito do que escreves, por isso sinto saudades da tua poesia... mas contento-me com quaisquer palavras que te sintas inspirado a escrever :) Ainda bem que partilhas a minha teoria, é mais uma que temos em comum. Beijos

8/30/2006  
Blogger Palo said...

J'ai pas du tout compris ton article, mais Blanche Neige, j'adore =D !
Comme tous les Disney d'ailleurs <3 !

Bisous !

8/30/2006  
Blogger ruth ministro said...

Moi aussi je suis fan des Disney :) Forever young! Bisous

8/30/2006  
Blogger ruth ministro said...

Muito obrigada por "apareceres" Et. Espero que esta visita não seja singular e que continues a gostar deste cantinho celeste :) Beijos

8/30/2006  
Blogger carteiro said...

Como souberam bem estas palavras que me deixaste... Nunca me falaram de saudades em relacao à minha poesia. Sinto-me lisonjeado. É uma questao de tempo, pouco tempo.

8/30/2006  
Blogger ruth ministro said...

Fico, então, à espera... impacientemente... Beijinhos

8/31/2006  

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