quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

Perda

Quebra-se algo. Estilhaça-nos por dentro.
Solta-se um silêncio em forma de grito. Calado. Sofrido.
Nada, é tudo o que somos. Tudo tem gosto de nada.
Nada vale o que quer que seja perante o tudo que deixámos de ter.
Nada sabe àquilo que fomos um dia e que deixámos de ser.
O que somos é tudo o que nos resta... ainda que nada sejamos...

11 Comments:

Blogger eu, do alto do meu salto said...

Hoje é 6ª, por isso não quero sentimentos tristes e dolorosos.
Deixo-te um enoooooorme sorriso, pode ser? :D:D:D

beijinhos planetários - hehehe

1/12/2007  
Anonymous Anónimo said...

Arrepiante de tão verdadeiro....lembrei-me de alguns momentos em que me senti assim...

1/12/2007  
Blogger PavlovDoorman said...

Menina Utzi então palavras de desconforto neste final de semana?
Não sei porquê mas a última frase lembra-me Sócrates em «só sei que nada sei mas mesmo assim sei mais que todos os outros que pensam que tudo sabem»; isto para quê?
Para lhe lembrar que aquilo que somos mede-se também nas palavras de conforto daqueles que nos acompanham, pois é sinal de que sendo pouco ou nada pelo menos a nossa vida tem sentido para alguém.

1/12/2007  
Blogger PavlovDoorman said...

Irreparável falha de não me despedir condignamente de tal excelsia figura:
Beijinho e bons dias...

1/12/2007  
Blogger Topo de Gama said...

Até que um dia engoles em seco e dizes :" vou começar do inicio... Nada do que tive faz parte do que sou agora..."


Bjins bom fim de semana

1/12/2007  
Blogger Sandro said...

Mas nada é tudo...

1/12/2007  
Blogger teorias said...

Não há dor maior que a perda... mas independentemente do que cada um possa perder... o passo mais importante a dar de seguida é encontrar-se a si mesmo...

Beijos

1/12/2007  
Blogger Pedro said...

Quero acabar entre rosas, porque as amei na infância.
Os crisântemos de depois, desfolhei-os a frio.
Falem pouco, devagar.
Que eu não oiça, sobretudo com o pensamento.
O que quis?
Tenho as mãos vazias,
Crispadas flebilmente sobre a colcha longínqua.
O que pensei?
Tenho a boca seca, abstrata.
O que vivi?
Era tão bom dormir!

Álvaro de Campos

1/14/2007  
Blogger ruth ministro said...

Dona do stander, coisa mai linda, não te preocupes... não estou triste, são apenas pensamentos, recordações tristes talvez, mas não pertencem ao presente :) Mil beijos, querida.

Anónimo... será que alguma vez te sentiste assim?... Verdadeiramente?...

Pavlovdoorman, obrigada pelas palavras de conforto, como lhes chamas e pelo beijinho :) Outro muito grande para ti

Topo de gama, tal como disse antes... são apenas palavras, recordações :) Beijinhos e obrigada

Sandro, um beijo para ti, obrigada pela visita :)

Teorias, sem dúvida. Beijos :)

Careca, obrigada pela visita e pelo belo poema de Álvaro de Campos, heterónimo do nosso grande Fernando Pessoa :) Excelente escolha. Beijinhos

1/15/2007  
Blogger Dawa said...

"Nada vale o que quer que seja perante o tudo que deixámos de ter." LINDO!
Adorei! Mais uma vez: parabéns! :D

Beijos enormes...

1/16/2007  
Blogger ruth ministro said...

:D Mil beijos para ti Dawa

1/22/2007  

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