Presença
Toca o telefone. Vibra o som nos meus ouvidos. Áspero.
Um arrepio.
A pele que desenlaço dos lençóis está gelada.
Frio.
Coloco os pés descalços no chão. Dou dois passos. Atendo o telefone. Silêncio.
Aguardo calada uma palavra. Nada.
Desligo o telefone. Volto para a cama. Vazia.
Penso em ti. Vazia.
Resta o eco do telefone. Vibra o som nos meus ouvidos. Áspero.
Toca todas as noites desde que te foste. Morte.
Enche o espaço. Vazio.
Amaldiçoo o destino. A sorte.
Frio.
Enlaço a pele nos lençóis. Gelada.
Um arrepio.
Fecho os olhos e adormeço.
Até me acordares. Na próxima madrugada.
Um arrepio.
A pele que desenlaço dos lençóis está gelada.
Frio.
Coloco os pés descalços no chão. Dou dois passos. Atendo o telefone. Silêncio.
Aguardo calada uma palavra. Nada.
Desligo o telefone. Volto para a cama. Vazia.
Penso em ti. Vazia.
Resta o eco do telefone. Vibra o som nos meus ouvidos. Áspero.
Toca todas as noites desde que te foste. Morte.
Enche o espaço. Vazio.
Amaldiçoo o destino. A sorte.
Frio.
Enlaço a pele nos lençóis. Gelada.
Um arrepio.
Fecho os olhos e adormeço.
Até me acordares. Na próxima madrugada.
29 Comments:
Esse poema está a meio caminho entre a poesia e a prosa. :-)
Aconteceu-me (pelo menos) uma vez ficar com o eco do telefone a vibrar nos meus ouvidos. Deveu-se a por alguma razão estúpida o telefone tocar quando eu o tinha ao ouvido. Não recomendo.
Jaime
www.blog.jaimegaspar.com
O pior é quando ele não toca e aguardamos....pior é trocar uma cama quente e com companhia por uma fria e vazia...enfim.
Beijos
Doloroso este poema
Triste, duro e frio... foi o que senti...
Beijo de coração, no teu coração!
Menina Utzi e quando finalmente o telefone toca e nos fala a esperança?
Não a esperança que esperamos, mas a esperança duma nova vida?
Aí com certeza vale a pena esperar.
Beijinho Menina Utzi
Cru mas belissimo.
Ausencia=dor.
bjos
Esse gelo, esse frio... quantas vezes o sentimos. Na saudade, no vazio, na esperança... que um dia o calor volte à nossa vida e os arrepios passam a ser de emoção, de felicidade...
Beijinhos perfumados***
Pressenti cada palavra.
Antes de ler.
Antes de ver.
Porque sinto o vazio, que não se preenche nunca.
Porque não ouço o grito surdo do telefone que insiste em não tocar.
Porque por vezes não me apetece sequer... acordar.
Parabéns. Adorei.
JR
Jaime, só tu mesmo... hehehe :) Beijo
Peixe, não sei bem o que será pior... Obrigada pela simpática visita, espero que regresses. Beijo
Anjo, doloroso... sim, tens razão. Beijinhos
Dawa, obrigada por esse beijo :) Outro para ti, linda.
Pavlovdoorman, isso é outra história... um dia pode ser que eu escreva sobre ela. Beijo :)
As velas arde até ao fim, ausência... ou presença... mas certamente dor. Beijinhos
Cacharel, é verdade, eu tenho tendência para escrever coisas tristes... não porque os dias o sejam, mas porque são momentos tristes que me inspiram a escrever na maior parte das vezes... mas tenho a certeza que esses dias de calor ainda vão chegar e inspirar-me tanto ou mais :) Beijinhos
Jr, também eu adorei as tuas palavras :) Espero que voltes para deixar mais. Beijos e obrigada pela visita.
Utzi, este tocou-me...
Bem forte, com tom de arrepio.
Fantástico.
parabéns.
PCat
Utzi,
Este escrito...
Está excelente,
Está completo,
Está fantástico,
Mas...
Arrepio!
Beijo.
Gostei deste verso,
"Resta o eco do telefone. Vibra o som nos meus ouvidos. Àspero."
PS: Áspero; acento agudo.
Putty cat, obrigada e um beijinho :)
Brain, se as palavras conseguiram causar-te um arrepio, é bom sinal :) Obrigada e um beijo
R., obrigada.
Quanto ao "Àspero" foi um erro ao fazer a letra maiúscula e o acento ao mesmo tempo.
Não me esqueci do teu pedido ;)
Beijo
...e de madrugada tudo pode acontecer.
Bonito poema.
Fabuloso!
Os teus pés são navegantes na espuma, o teu cabelo dança em descuidada ironia, suave viagem de ondulante onda em tua boca, duas sílabas sopradas em mágica melodia…
Bom domingo
Doce beijo
Que lindo!!!
Fiquei arrepiada!!!
Obrigado por partilhares!!!
mil beijinhos
Madrugada, pois é... aquele limiar entre o sonho e a realidade é mágico.
Beijo
Diva, obrigada e um beijinho :)
O alquimista, sempre poético nas palavras que me deixas. Obrigada e um beijinho :)
Fairybondage, obrigada a ti, por leres ;) Beijinhos
...este comentário não traz nada de novo: belíssimo!
:) sorrisos!, muitos, por todas as ausências! :)
Xana, há tanto tempo que não passavas por aqui :) Eu passo no teu blog muitas vezes, mas agora para comentar é preciso dar uma série de dados... não me entendo com aquilo hehehe :)
Beijinhos
Tudo o que é frio aterroriza-me.
Beijos
Anamoris, também a mim... Beijos
Senti os pés frios nas lajes do chão.
Está lindíssimo. *
Constança, um beijo enorme para ti :)
Uma coisa que nao tem nada a ver...
Já editavas os teus links...
Tens um Google...
e dps dois "Edit-me"
Que estás à espera pá?
Rogermad, eu só escrevo e publico, até porque não percebo nada dessas coisas. E além disso, "de quem eu gosto, nem às paredes confesso" hehehe :) Beijo
Olá,
Não se trata disso...
Podes apagar aquilo dali...
nao precisas de colocar links...
;)
A presença constante de um vazio que ficou...
O pensamento distante, em quem partiu e o vazio deixou...
O não esquecimento...
O vazio...
Apenas o vazio...
Rogermad, irei estudar essa possibilidade... ;) Beijo
Tons de azul... tu também andas muito poética... :) Beijinhos
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