quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Depois do teu adeus

Depois do teu adeus,
Um abismo.
Queda profunda,
Abrupta,
Num poço de escuridão.
Não há dor.
É a completa anestesia de todos os sentidos.
A absoluta ausência de mim mesma.
Não sei sequer quem sou.

A dor atinge-me a seguir,
Com o primeiro disparo de luz
Em cheio no peito que se esvazia de ar.
Toda eu sou coração a latejar,
Quando me apercebo que vou ter de continuar a existir...
Sem ti.



Imagem retirada de olhares.aeiou.pt

27 Comments:

Blogger ana said...

.."Toda eu sou coração a latejar,
Quando me apercebo que vou ter de continuar a existir...
Sem ti."

E é assim o amor dos desesperados!

Querida nuvem,curvo-me diante de tão belas e sentidas palavras!
Poderia arranjar dezenas de adjectivos para comentar tudo que aqui tenho lido,nenhum deles seria exagerado!Mas de tantos escolho um bem simples e também ele grandioso!

SUBLIME!

Beijoo doce!

2/20/2008  
Blogger Donagata said...

É o tal manto que há que levantar, devagar, gentilmente, e encher o peito de ar. Erguer a alma, sorrir e depois, sim, existir...
Belíssimo, nuvem.
Passe lá pelo meu cantinho, se puder, e talvez já tenha conseguido colocar lá um pequeno desafio.

2/20/2008  
Blogger Pandora said...

Qd alguêm parte e a vida têm que continuar é sempre dificil...principalmente se essa pessoa foi a razão do nosso sorriso a razão do bater forte do nosso coração...continuar a viver depois de amar é uma luta pela sobrevivência do nosso ser...
beijinhos muitos...

2/20/2008  
Blogger Amor amor said...

Nuvem, só vc pra descrever tão bem a sensação que se tem após o abandono. E não sei qual é o pior: o não sentir nada, logo após o impacto, o sentir o corpo inteiro como coração a latejar ou se aperceber da necessidade de continuar a existir sem o algúém especial...estou até hj tentando descobrir qual é o pior. Talvez os três completem um ao outro em dor e desespero...

Lindíssimo poema! Não é possível, quando vou ter seu livro na minha cabeceira, para ler antes de dormir? :o> :o>

Beijinhos doces cristalizados para a minha poetisa preferida no mundo dos blogs!!!

2/20/2008  
Blogger Joseph 1 said...

Nuvem
Olá

Não apareceste no domingo no dia dos meus anos para comeres uma fatia de bolo.

Vês como ficou bonito o presente que te dei? Eu gosto muito dele.

E vamos ao teu poema.

Já sabes a minha opinião. Gosto mais de poemas alegres do que de poemas tristes, e tu, por defeito profissional, sabes bem disso.Que nos faz melhor...

Mas a questão é o poema em si.
Não tenho palavras para descrever este e outros poemas que tens postado; São todos consistentes, com substracto, belos na sua feitura, e lindos quando se leem.
É um prazer ler a tua poesia.

Um dia a vida dá uma volta!?...

Beijinhos serenos**

2/20/2008  
Blogger Sam said...

Ahhh Nuvem...por vezes é assim mesmo.
Deixou-me um aperto aqui por dentro... mas há de subjugar essa dor, tenho certeza disso.

Bjosss!!!

Fique bem!

2/21/2008  
Blogger Sam said...

[Nuvem... dediquei-te um selo, (agora vi que já tem este, bom, fica a intenção)espero que não se incomode, de qualquer forma lembrei de ti quando me ofereceram.
Quando puder passa lá no meu cantinho.
Bjos!!!]

2/21/2008  
Blogger Maria Laura said...

É mesmo assim, a ausência de nós por ausência do outro. Mas há que olhar em frente. Beijo

2/21/2008  
Blogger Unknown said...

'eu atiro-te uma corda para que possas subir novamente

é nestes momentos que vemos a nossa própria força, ao ultrapassarmos todo este rodopio de sentimentos e momentos...

beijo terno!

2/21/2008  
Blogger Francis said...

ficas melhor...

2/21/2008  
Blogger Narrador said...

Sempre tanto para dizer.

É um Amor por adição e multiplicação de sentimentos...

2/21/2008  
Blogger Manuela Peixoto said...

a dor da perda pode ser mortifera....mas podemos sempre voltar a acreditar

lindo como sempre

beijinho

2/21/2008  
Blogger Carol said...

E que dor brutal que se sente nesse momento...
Beijinhos e tudo de bom.

2/22/2008  
Blogger Ai e Tal... said...

Dizer adeus, por vezes, não é o mais complicado... A ressaca vem depois... :/ Compreendo-te...

Só te posso desejar melhores dias, e muita força para ultrapassares mais uma fase complicada da tua vida!!!

***MUAH***

2/23/2008  
Blogger Pedro Branco said...

Ficou-se parado em frente à estação. Sabia que o comboio partiria à hora marcada. Deixou-se ficar a contemplar as luzes do apeadeiro feito cal, no cintilar opaco do grande relógio sempre certo. O seu desejo era não ter de partir. Para não ter de ficar. Simplesmente porque sabia que o caminho dos carris não teriam volta. E se entrasse no comboio e saltasse logo antes que ele abandonasse a estação? Correria como um louco atrás do coração destilhaçado que regressava a casa. Tocar-lhe-ia no ombro. Sentiria o seu espanto em lágrimas curvas e brilhantes. E diria: "Não fui. Fiquei." E seria o abraço enterno. Afinal não houve futuro. Afinal o presente teimava em ficar. Como ele. Sonhando parado em frente à estação...

2/23/2008  
Blogger as velas ardem ate ao fim said...

Rioas parta a saudade que nos consome.

bjinho grande

2/23/2008  
Blogger Paulinha said...

Tenho vindo a ler a maior parte dos teus poemas a rendo-me a tao grande talento.
Combinas as palavras de uma maneira tao bonita. :)
Beijinho

2/23/2008  
Blogger Alias said...

Desconcerto danado...
Mais pedras para erguer o castelo, ou retalhos do manto da vida.
Life goes on...

Beijos

2/24/2008  
Blogger Heartbeat said...

Ausência. Bonitas palavras.

http://me-and-my-heartbeats.blogspot.com/

2/24/2008  
Blogger ruth ministro said...

Mil beijos a todos vós e um especial à Paulinha, que pela primeira vez pousou as suas palavras nesta nuvem :)

2/24/2008  
Blogger Karina said...

Ficar anestesiado é a pior parte do tratamento. Quando dói ainda reagimos, mas quando a ferida não cicatrizada deixa de doer, demoramos para tomar a iniciativa de fechá-la.
Ou, ao menos, assim penso eu.
Haha
Bjinhos

2/24/2008  
Anonymous Anónimo said...

encontrei este blog por mero acaso, e felizmente que encontrei um blog com um poema tao bonito.
Gostei muito da profundidade e especialmente da sensação que transmites em cada palavra .
Parabéns pelo poema, foi o unico que ainda li, mas vou ler mais =)

2/25/2008  
Blogger Oliver Pickwick said...

Sobreviveste ao abismo. Um sintoma positivo, de que ama a si mesma; portanto, sobreviverá ao romance desfeito. Como dizia Nietzsche, quem ama o abismo, precisa de asas. Decerto sabia disso, e estava preparada para continuar a existir e buscar outro amor.
Beijos, prezada amiga!

2/25/2008  
Blogger ruth ministro said...

Seniwicca, benvinda à minha nuvem. Espero que voltes :) Beijos

2/26/2008  
Blogger Edu said...

Bem está tão verdedeiro isso ,(
Cair na nossa antiga realidade, depois de ter provado o ceu em conjunto. Podemos ate um dia conseguir ultrapassar a dor, mas nunca esqueçer.
Abraço

3/03/2008  
Blogger deep said...

venho de sussuro deixar um abraço de admiração...e amigo

3/05/2008  
Blogger Cleopatra said...

Ausenta-te ficando.
Não procures, deixa que te consiga encontrar.
Tu mereces tudo o que deste e muito mais..
Esconde-te para que te procure
Fica...mas ausente.
Já pensaste assim?

3/09/2008  

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