sábado, 1 de novembro de 2008

Meia-noite


Era meia-noite.
E os gatos pretos miavam na minha janela.

E a lua incendiava o céu com uma luz de fogo amarela.

Eras tu.

E os ecos do teu silêncio segredavam-me ao ouvido.

E o vazio do teu espaço deitava-se comigo.

Era eu.

Só.

Arrepiando as memórias do que fomos.



Imagem retirada de olhares.aeiou.pt

22 Comments:

Blogger antonio ganhão said...

As memórias do que fomos como um gato preto miando contra um céu em chamas... uau! Perdão: miauuu!

Brilhante!

11/01/2008  
Blogger Amor amor said...

Nuvem, esse é de longe um dos poemas mais perfeitos que eu já li aqui. Esse é um daqueles para guardar no coração e nunca mais esquecer. A saudade, a ausência descritas tão belas que até se tem vontade de sofrer eternamente por amor...

Beijocas doces cristalizadas!!! ;o)

11/01/2008  
Blogger Rain said...

Depois de quase um ano, resolvo voltar a "esta vida"... e visitar-vos a todos novamente... É bom regressar... E ver que continua a qualidade e o bom gosto literário. Já tinha saudades de vos ler.. bj

11/01/2008  
Blogger valterpoeta.com said...

olá tudo bem?

estou a procura de parceria de link
se interessar me avise,

venha conhecer meu blog.

sucesso!

11/01/2008  
Blogger Karina said...

Lembranças são coisas boas, né?! Mesmo quando bate aquela saudade...
Bjinhos

11/01/2008  
Blogger OUTONO said...

Olá...

Desta vez, para além do doce chamamento da tua criatividade, tenho um prémio, para partilhar contigo.

Beijo.

11/01/2008  
Blogger Donagata said...

Belíssimo. Não tenho mais palavras à altura. Não dei traduzir (não tenho o seu dom) o muito que gostei.

Bom, mas qual é a surpresa?!

Beijos. Grandes. Muitos.

11/02/2008  
Blogger Carol said...

Tristemente belo.

11/03/2008  
Blogger vida de vidro said...

Muito bela, esta forma de dizer saudade. Gostei de aqui voltar. :)**

11/03/2008  
Blogger Edu said...

Antes adomercer no abismo das memorias que caminhar em palavras ocas.
kiss

11/03/2008  
Blogger Unknown said...

é nessa hora a meia-noite... que todos os gatos se coloram com a mma cor, é nessa mesmissima hora, q se rebola entre os lençois solitarios de uma cama...

adorei.

beijo terno

11/03/2008  
Blogger Dawa said...

Recordar é viver; dizem...
Lindo como sempre!
É tão bom passar por aqui.
Beijinho grande!

11/04/2008  
Blogger Brain said...

Nem só à meia-noite,
Nem sempre só à noite,
Nem sempre só os gatos,
Mas sempre,
Sim,
Definitivamente SEMPRE a Lua!

Mais um...
Fantástico teu!

Um Beijo meu

11/04/2008  
Blogger Melga do Porto said...

Umas vezes lemos e ficamos indiferentes.
Outras arrepiamo-nos.
Hoje e aqui assim foi.
Malditas memórias… por o serem isso apenas!
:-)

11/05/2008  
Blogger as velas ardem ate ao fim said...

Eu é que me arrepiei!

uma bjca

11/05/2008  
Anonymous Anónimo said...

Mais poemas lindos... :)

11/06/2008  
Blogger Nelson Soares said...

Tocante. Parece mesmo que ecoa, que cada um de nós é o personagem principal...


Stay Well

11/09/2008  
Blogger Oliver Pickwick said...

Ainda bem que renasce a cada poema. Logo, estes momentos melancólicos tornarão apenas história. ;)
Um beijo!

P.S.: Falou em sofrer por amor, é com a Carolzinha Barcellos mesmo! ;)
(Se ela ler isso, me esfola vivo)

11/10/2008  
Blogger ... said...

"Era eu.
Só.
Arrepiando as memórias do que fomos."

Bem haja.

11/12/2008  
Blogger ruth ministro said...

Obrigada a todos pelas palavras deixadas.

É sempre, para mim, uma enorme alegria partilhar convosco as minhas...

Beijos

11/12/2008  
Blogger BlueVelvet said...

Muito difícil comentar-te sem cair no lugar comum do lindo, fantástico, etc
Mas a verdade é que às vezes, superas-te.
Foi o caso.
Beijinhos linda nuvem

11/13/2008  
Blogger pixel said...

não mudaria nada.
:)
eu

11/18/2008  

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