"A vida é a contemplação daquela nuvem.
E o mundo
uma forma de passar, que inventamos
para não ver que o mundo não é o mundo,
mas uma nuvem passando."
António Brasileiro
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Faço-me poema
Não sobrou quase nada Depois de partires. Levaste tudo contigo. Até as palavras.
Agora, sem elas, Faço-me poema Que não se escreve, Nem se lê. Só eu me sei. Só eu me sinto. Só eu posso chorar-me.
Sê poema então, reinventa no bater do teu coração cada consoante no piscar de pálpebras as vogais Sê, apenas, vive o poema faz a poesia do respirar do sangue em sussurro nas artérias silenciosas ruas do teu corpo calado Quando por fim redescobrires o nascer do sol no brilho de um olhar serás livro então cheio de poesias escondidas à espera de ávido leitor que te desperte a voz outra vez. Cantarás as letras esquecidas e todas as palavras renascerão.
Será que ele levou tudo mesmo? Acabo por crer que não. Ele não conseguiu roubar o dom de fazer poesia e sentimento sem palavras, sem som, mas com a intensidade do silêncio. E se um dia ele se arrepender, ofereça-lhe "Uninvited" da Alanis Morissette. ;o>
ah mas isso tu ja sabias. So tu te podes axar e perder. O outro nem seuqer sabe onde anda quanto mais saber onde te encontrar e sentir. MAs isso é o maor, nao saber como encontrar , mas perder a vida a procura, sem questoes nem receios. apenas amor, não fé, mas saber que vai encontrar um dia o que sentes.
Serves-me o jantar nessa tua bandeja Cheia do fogo da partida e da traição Ainda com o cheiro de nós, às voltas no colchão Ainda com a saudade que chora, como quem troveja
Serves-me a derrota assim tão nua Despida de futuro, carregada de memória E em ti tudo naufraga porque flutua De não te querer fora da minha história
Serves-me o poeta pobre e despido E agora sou o vagabundo por entre as valas do nosso olhar Sem palavras porque tudo está perdido Com o meu peso porque ainda sou capaz de amar...
Por estes locais fui “passeando”, sorvendo o respirar e as sombras das suas palavras. O “melgadoporto” despede-se para sempre, pois é chegada a sua hora. Não poderia, assim, deixar de vir aqui agradecer pela tolerância e acolhimento, aos meus “ditos”. :-)
Melgadoporto, tenho pena desta despedida. Espero que ao menos passes por aqui de vez em quando, nem que seja apenas para ler, mesmo que não deixes comentário. De toda a forma, sempre apreciei as palavras que aqui deixaste e vou lamentar não as ter mais. Beijos
24 Comments:
Somos um fim e um princípio, por vezes não exactamente por essa ordem.
Feliz por seres poema e partilhares o facto de exitires..
Sê poema então, reinventa
no bater do teu coração
cada consoante
no piscar de pálpebras
as vogais
Sê, apenas, vive
o poema
faz a poesia do respirar
do sangue em sussurro
nas artérias silenciosas
ruas do teu corpo calado
Quando por fim redescobrires
o nascer do sol
no brilho de um olhar
serás livro então
cheio de poesias escondidas
à espera de ávido leitor
que te desperte a voz
outra vez.
Cantarás as letras esquecidas
e todas as palavras
renascerão.
Bonito *
António - o implume, somos o fim, o princípio e tudo aquilo que os une... e separa.
Carpedieminloveman, obrigada pelas palavras.
Portaria ILEGAL, muito obrigada. Fico à espera de mais visitas.
XR, foi mesmo o meu poema que inspirou essas palavras? Se foi, fico feliz, são muito bonitas...
andreia, obrigada e um beijo para ti :)
Tudo começa e acaba em nós.
Um bjo
As velas ardem até ao fim, um beijinho para ti...
Será que ele levou tudo mesmo? Acabo por crer que não. Ele não conseguiu roubar o dom de fazer poesia e sentimento sem palavras, sem som, mas com a intensidade do silêncio.
E se um dia ele se arrepender, ofereça-lhe "Uninvited" da Alanis Morissette. ;o>
Beijocas doces cristalizadas!!! :o)
Este comentário foi removido pelo autor.
Amor amor, o dom... será que eu tenho isso mesmo? Obrigada pelas palavras que nunca sei bem como agradecer... Mil beijos
ah mas isso tu ja sabias.
So tu te podes axar e perder. O outro nem seuqer sabe onde anda quanto mais saber onde te encontrar e sentir.
MAs isso é o maor, nao saber como encontrar , mas perder a vida a procura, sem questoes nem receios. apenas amor, não fé, mas saber que vai encontrar um dia o que sentes.
Serves-me o jantar nessa tua bandeja
Cheia do fogo da partida e da traição
Ainda com o cheiro de nós, às voltas no colchão
Ainda com a saudade que chora, como quem troveja
Serves-me a derrota assim tão nua
Despida de futuro, carregada de memória
E em ti tudo naufraga porque flutua
De não te querer fora da minha história
Serves-me o poeta pobre e despido
E agora sou o vagabundo por entre as valas do nosso olhar
Sem palavras porque tudo está perdido
Com o meu peso porque ainda sou capaz de amar...
A Nuvem é um poema. É a sua inevitabilidade, mesmo sem palavras.
Edu, se o amor fosse só isso...
Pedro Branco, pelo menos isso, ainda és capaz de amar. Obrigada pelo lindo poema.
Donagata, acho que esse é o elogio mais lindo que algum dia me fizeram... Nem sei o que dizer... Obrigada e um beijo daqueles que não se descrevem.
Por estes locais fui “passeando”, sorvendo o respirar e as sombras das suas palavras.
O “melgadoporto” despede-se para sempre, pois é chegada a sua hora.
Não poderia, assim, deixar de vir aqui agradecer pela tolerância e acolhimento, aos meus “ditos”.
:-)
Melgadoporto, tenho pena desta despedida. Espero que ao menos passes por aqui de vez em quando, nem que seja apenas para ler, mesmo que não deixes comentário. De toda a forma, sempre apreciei as palavras que aqui deixaste e vou lamentar não as ter mais. Beijos
Levaram as palavras
mas não a poesia
Mar Arável, isso ninguém me leva que eu não deixo...
Um poema muito íntimo,
que é preciso saber respeitar.
Beijinho.
Vieira Calado, é sempre um prazer tê-lo por cá.
E fazes-te vida e poesia.
"A song that no one sings"
Lorenzo, obrigada pelas bonitas palavras... Hoje bem estou a precisar delas. Beijinhos
tu és palavras..! gosto de ver isso nestes espaços.
Soggyscheme, obrigada. Também eu sou admiradora do teu espaço.
Enviar um comentário
<< Home