segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Faço-me poema


Não sobrou quase nada
Depois de partires.

Levaste tudo contigo.

Até as palavras.


Agora, sem elas,

Faço-me poema

Que não se escreve,

Nem se lê.

Só eu me sei.
Só eu me sinto.

Só eu posso chorar-me.









Imagem retirada de http://olhares.aeiou.pt

24 Comments:

Blogger antonio ganhão said...

Somos um fim e um princípio, por vezes não exactamente por essa ordem.

2/23/2009  
Blogger carpedieminloveman said...

Feliz por seres poema e partilhares o facto de exitires..

2/23/2009  
Blogger XR said...

Sê poema então, reinventa
no bater do teu coração
cada consoante
no piscar de pálpebras
as vogais
Sê, apenas, vive
o poema
faz a poesia do respirar
do sangue em sussurro
nas artérias silenciosas
ruas do teu corpo calado
Quando por fim redescobrires
o nascer do sol
no brilho de um olhar
serás livro então
cheio de poesias escondidas
à espera de ávido leitor
que te desperte a voz
outra vez.
Cantarás as letras esquecidas
e todas as palavras
renascerão.

2/23/2009  
Blogger Andreia said...

Bonito *

2/23/2009  
Blogger ruth ministro said...

António - o implume, somos o fim, o princípio e tudo aquilo que os une... e separa.

Carpedieminloveman, obrigada pelas palavras.

Portaria ILEGAL, muito obrigada. Fico à espera de mais visitas.

XR, foi mesmo o meu poema que inspirou essas palavras? Se foi, fico feliz, são muito bonitas...

andreia, obrigada e um beijo para ti :)

2/23/2009  
Blogger as velas ardem ate ao fim said...

Tudo começa e acaba em nós.

Um bjo

2/23/2009  
Blogger ruth ministro said...

As velas ardem até ao fim, um beijinho para ti...

2/23/2009  
Blogger Amor amor said...

Será que ele levou tudo mesmo? Acabo por crer que não. Ele não conseguiu roubar o dom de fazer poesia e sentimento sem palavras, sem som, mas com a intensidade do silêncio.
E se um dia ele se arrepender, ofereça-lhe "Uninvited" da Alanis Morissette. ;o>

Beijocas doces cristalizadas!!! :o)

2/23/2009  
Blogger ruth ministro said...

Este comentário foi removido pelo autor.

2/24/2009  
Blogger ruth ministro said...

Amor amor, o dom... será que eu tenho isso mesmo? Obrigada pelas palavras que nunca sei bem como agradecer... Mil beijos

2/24/2009  
Blogger Edu said...

ah mas isso tu ja sabias.
So tu te podes axar e perder. O outro nem seuqer sabe onde anda quanto mais saber onde te encontrar e sentir.
MAs isso é o maor, nao saber como encontrar , mas perder a vida a procura, sem questoes nem receios. apenas amor, não fé, mas saber que vai encontrar um dia o que sentes.

2/24/2009  
Blogger Pedro Branco said...

Serves-me o jantar nessa tua bandeja
Cheia do fogo da partida e da traição
Ainda com o cheiro de nós, às voltas no colchão
Ainda com a saudade que chora, como quem troveja

Serves-me a derrota assim tão nua
Despida de futuro, carregada de memória
E em ti tudo naufraga porque flutua
De não te querer fora da minha história

Serves-me o poeta pobre e despido
E agora sou o vagabundo por entre as valas do nosso olhar
Sem palavras porque tudo está perdido
Com o meu peso porque ainda sou capaz de amar...

2/24/2009  
Blogger Donagata said...

A Nuvem é um poema. É a sua inevitabilidade, mesmo sem palavras.

2/25/2009  
Blogger ruth ministro said...

Edu, se o amor fosse só isso...

Pedro Branco, pelo menos isso, ainda és capaz de amar. Obrigada pelo lindo poema.

Donagata, acho que esse é o elogio mais lindo que algum dia me fizeram... Nem sei o que dizer... Obrigada e um beijo daqueles que não se descrevem.

2/25/2009  
Blogger Melga do Porto said...

Por estes locais fui “passeando”, sorvendo o respirar e as sombras das suas palavras.
O “melgadoporto” despede-se para sempre, pois é chegada a sua hora.
Não poderia, assim, deixar de vir aqui agradecer pela tolerância e acolhimento, aos meus “ditos”.
:-)

2/25/2009  
Blogger ruth ministro said...

Melgadoporto, tenho pena desta despedida. Espero que ao menos passes por aqui de vez em quando, nem que seja apenas para ler, mesmo que não deixes comentário. De toda a forma, sempre apreciei as palavras que aqui deixaste e vou lamentar não as ter mais. Beijos

2/25/2009  
Blogger Mar Arável said...

Levaram as palavras

mas não a poesia

2/25/2009  
Blogger ruth ministro said...

Mar Arável, isso ninguém me leva que eu não deixo...

2/25/2009  
Blogger vieira calado said...

Um poema muito íntimo,

que é preciso saber respeitar.

Beijinho.

2/26/2009  
Blogger ruth ministro said...

Vieira Calado, é sempre um prazer tê-lo por cá.

2/26/2009  
Blogger Fernando K. Montenegro said...

E fazes-te vida e poesia.

"A song that no one sings"

2/26/2009  
Blogger ruth ministro said...

Lorenzo, obrigada pelas bonitas palavras... Hoje bem estou a precisar delas. Beijinhos

2/26/2009  
Blogger Rui Fartura. said...

tu és palavras..! gosto de ver isso nestes espaços.

2/26/2009  
Blogger ruth ministro said...

Soggyscheme, obrigada. Também eu sou admiradora do teu espaço.

2/27/2009  

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