segunda-feira, 2 de março de 2009

O dia em que deixei de te conhecer


Houve um dia em que deixei de te conhecer.
Para ti, foi um dia igual a tantos outros,
Mais um dia em que me olhaste sem me ver,
E fizeste de mim aquilo que nunca hei-de ser.

Nesse dia, enquanto dormias,
Beijei-te o rosto e despedi-me de ti.
E chorei em silêncio tudo o que te ofereci.
E amei-te pela última vez, sem to dizer.


Imagem retirada de http://olhares.aeiou.pt

21 Comments:

Blogger antonio ganhão said...

Quem é o nosso próximo? O desconhecido que se deixou dormir ao nosso lado?

3/02/2009  
Blogger Donagata said...

belíssimo. De uma sensibilidade impressionante.

beijos.

3/03/2009  
Blogger APC said...

bebo da taça das tuas palavras.
e em embriaguez
- turvada a vista -
tento desenhar os teus olhos
nos intervalos das letras

3/03/2009  
Blogger Brain said...

Fantástico!
Tão... teu.

Como só tu, o sabes fazer.

A Kiss from Me

3/03/2009  
Blogger Juro said...

As imagens que usas complementam na perfeição os teus textos....

Deixei-te um desafio lá em Casa... passa por lá!

bjinhos

3/03/2009  
Anonymous Anónimo said...

Doi a barriga só de ler!

Faz também doer o peito ao pensar que é sempre possivel amarmos tanto uma pessoa e assim, do nada, despedirmo-nos não dela mas da pessoa que dela conheciamos e não volta por muito que nada a essa pessoa pareca ter mudado...

Parabéns pelos post.

Tenho lido, frequentemente, há algum tempo... não comentava, porque vejo-me muito nestas palavras, nestes medos, nestes sentimentos, então julguei que teria sempre uma opiniao viciada sobre o estes teus pensamentos... noentanto não consegui impedir que os meus dedos escrevessem algo hoje embora muito pela dor que rege o meu peito e não pela minha cabeça...

Mas sabes, consegui à bem pco tempo superar, agradeco isso ao mundo, hoje sei que tenho razões para sorrir... mas tenho tanto medo que tudo volte a acontecer!

Será... que tudo o que construimos tão fortemente poderá mudar assim, num ápice?! Ai... e eu que faço questão de apanhar todas as pedrinhas que me vão aparecendo no caminho para construir o meu castelo o mais forte possível!

Permite-me, beijo. Gostei de te ler! Nunca deixes de o fazer!

3/03/2009  
Blogger Mar Arável said...

Quase nunca

podemos dizer

desta água não beberei

3/03/2009  
Blogger ruth ministro said...

Antonio - implume, por vezes é isso mesmo...

Donagata, ainda bem que gostou. Os seus comentários deixam-me sempre com um sorriso :) Beijinhos

Spectrum, belo poema. Obrigada. Beijos

Brain, acho que estou em falta para contigo... Perdoa-me, estes dias não têm sido fáceis e a velhice não ajuda hehehe :) Beijos e obrigada pelas palavras sempre generosas.

Juro, obrigada. Vou passar mal possa, prometo, ainda que para desafios a coisa ande preta... Beijinhos

Mar Arável, mas por vezes podemos dizê-lo com toda a certeza.

3/03/2009  
Blogger Falo de ti said...

Demais... ´
Adoro visitar-te.
Até já!
Ele

falodeti.blogspot

3/03/2009  
Blogger ruth ministro said...

Ele, obrigada. Fico contente por saber. Serás sempre muito benvindo.

3/03/2009  
Blogger ruth ministro said...

jfx, peço desculpa por não ter respondido antes ao teu comentário, mas não sei como, e talvez por ter dado respostas a várias pessoas ao mesmo tempo, falhou-me. Só agora vi que não tinha respondido. Fico feliz por saber que te identificas com as palavras que aqui encontras e que, de alguma forma, elas te fazem bem, ainda que despertem sentimentos que doem, como disseste.

A vida é mesmo imprevisível, mas se por um lado essa sua característica nos assusta e nos magoa por vezes, por outro lado também é graças a ela que temos belas surpresas, alegrias inesperadas e sorrisos genuínos. É essa sua faceta que a torna mágica... Não deixes de acreditar nessa magia.

Beijos e espero que comentes mais vezes.

3/04/2009  
Blogger as velas ardem ate ao fim said...

Eu chego aqui...leio textos lindos mas fico sempre com o coração apertado.

um bjo

3/04/2009  
Blogger just me, an ordinary girl said...

Que lindo!!
:)
:)
:)

3/04/2009  
Blogger Oliver Pickwick said...

Delicadeza até no fim do amor. Seus versos continuam como nuvens adocicadas.
Um beijo!

3/04/2009  
Blogger ruth ministro said...

As velas ardem até ao fim, só espero que isso não te faça deixares de cá vir... É que gosto mesmo muito de te ver por aqui :) Beijinhos

Fátima, obrigada :) Um beijo grande para ti!

Oliver, ainda bem que continuo à altura das expectativas :) Bom ter-te por cá. Beijos

3/04/2009  
Blogger Karina said...

Intenso e sincero...como sempre!
Bjinhos

3/05/2009  
Blogger Fernando K. Montenegro said...

E é possível Nuvem?

A última vez é como a primeira...Não se dá por ela acontecer...Será?
Aqui não.

:)

3/05/2009  
Blogger ruth ministro said...

Karina, obrigada pela visita e pelas palavras deixadas :) Beijinhos

Lorenzo, tantas são as dúvidas que nos assolam o espírito quando se fala de amor... Beijos

3/05/2009  
Blogger Amor amor said...

Também acredito que a despedida sóbria e serena, sme prévio aviso, ainda seja a mais carinhosa e a mais inesquecível...
Só você para escrever algo tão perfeito!

Beijinhos doces cristalizados!!! ;o>

3/09/2009  
Blogger Sónia said...

Não conhecia esta Nuvem
Mas ao chegar até aqui, andei a saltar de post em post e fiquei parada neste... e noutros

Maravilhosamente escrito!
Felizmente tudo passa... como uma nuvem

3/21/2009  
Blogger ruth ministro said...

Amor amor, obrigada :) Fico feliz por teres gostado tanto. Beijinhos

Sónia, muito obrigada pela visita e pelas palavras deixadas. Espero que não esqueças o caminho até esta nuvem... :) Beijo

3/22/2009  

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