No silêncio do teu toque
Quero-te.
E é no silêncio do teu toque
que te digo que sou tua.
Digo-to com os meus olhos
rasgando o mar dos teus olhos,
e os meus lábios, segredando
as marés dos teus cabelos
que ondulam nas minhas mãos.
Digo-to sem falar,
porque entre as nossas bocas
as palavras já não têm espaço...
Digo-to com a minha pele
respirando ávida nos teus dedos,
como se fosse morrer no segundo
em que deixasses de lhe tocar.
Sinto-te como o vento,
percorrendo cada recanto meu
como se sempre tivesse sido a sua casa,
como se me conhecesse
mesmo antes de eu saber que existia.
Houve um dia em que eu não era tua.
E tu também não eras meu.
Um dia em que vento e mar
eram só palavras vazias para mim.
Um dia em que o mar e o vento
não me conheciam.
Um dia em que os meus olhos
não sabiam navegar,
e os meus lábios padeciam de sede
sem saber...
Um dia em que o meu corpo
não tinha janelas.
Sim, houve um dia,
um dia muito distante,
um dia que já não sei lembrar,
em que eu não sabia que tu eras vida
e mar e vento e tudo o que há.
Hoje só sei ser tua.
(Como a espuma pertence ao mar,
como as janelas se abrem ao vento.)
Só sei querer-te.
(Como o coração quer a vida
que pulsa a cada segundo dentro dele.)
E digo-to no silêncio do teu toque,
sempre que os meus olhos
são os teus olhos e os meus lábios
são segredos que se perdem
nos teus cabelos,
que se perdem nas minhas mãos...
E é no silêncio do teu toque
que te digo que sou tua.
Digo-to com os meus olhos
rasgando o mar dos teus olhos,
e os meus lábios, segredando
as marés dos teus cabelos
que ondulam nas minhas mãos.
Digo-to sem falar,
porque entre as nossas bocas
as palavras já não têm espaço...
Digo-to com a minha pele
respirando ávida nos teus dedos,
como se fosse morrer no segundo
em que deixasses de lhe tocar.
Sinto-te como o vento,
percorrendo cada recanto meu
como se sempre tivesse sido a sua casa,
como se me conhecesse
mesmo antes de eu saber que existia.
Houve um dia em que eu não era tua.
E tu também não eras meu.
Um dia em que vento e mar
eram só palavras vazias para mim.
Um dia em que o mar e o vento
não me conheciam.
Um dia em que os meus olhos
não sabiam navegar,
e os meus lábios padeciam de sede
sem saber...
Um dia em que o meu corpo
não tinha janelas.
Sim, houve um dia,
um dia muito distante,
um dia que já não sei lembrar,
em que eu não sabia que tu eras vida
e mar e vento e tudo o que há.
Hoje só sei ser tua.
(Como a espuma pertence ao mar,
como as janelas se abrem ao vento.)
Só sei querer-te.
(Como o coração quer a vida
que pulsa a cada segundo dentro dele.)
E digo-to no silêncio do teu toque,
sempre que os meus olhos
são os teus olhos e os meus lábios
são segredos que se perdem
nos teus cabelos,
que se perdem nas minhas mãos...
Imagem enviada pelo Brain para o desafio deste "lençol"
12 Comments:
Boa surpresa,
A renovação do prazer de ler este texto teu.
Beijo
Brain, e ficou aqui tão bem, não ficou? Diz lá, quase tão bem como ficou no teu lindo blog... :) Beijos
A "desnatada" sou eu, que ainda nem o livro vi. Às vezes a nossa vida atinge um estado em que o que é verdadeiramente importante fica encoberto, escondido e até esquecido, até que algo faça despontar de novo a verdade. Ás vezes a nossa vida simplesmente tem que ser...
Bj nuvenzinha. Muitasssssssss Saudadesssss!
Ficou mesmo muito bem. Aliás, como todos.
Beijos.
Digo-to sem falar,
porque entre as nossas bocas
as palavras já não têm espaço...
Como gostava que fosse assim comigo...
Susana, eu perdoo porque tu és linda... é a tua sorte :) Beijinhos e abracinhos!
Donagata, obrigada :) E este foi particularmente difícil de escrever... Beijinhos
Mitro, espero que um dia assim seja também para ti... Beijos
A capacidade de perdão é uma dádiva. Condição inprescindível de felicidade. Não imaginas como me faltam perdões... Bj amiga
Se bem percebi, tudo mudou.
Não sei há quanto tempo, mas sei que para muitíssimo melhor...
Querida amiga, o poema é excelente. Uma declaração de amor incondicional.
Gostei.
Beijo.
Nuvem...
Belo poema de amor!
Só alguém apaixonado escreveria este lindo poema!!!
Beijos...
Susanita, concordo contigo... Um beijo enorme, do tamanho do mundo, só para ti, amiga.
Nilson Barcelli, obrigada pelas palavras. Beijos :)
A.S. de facto, apaixonada é uma palavra que me descreve na perfeição, mas como estado permanente, condição existencial. Só sei ser assim, apaixonada, principalmente pela própria vida. Beijos
Simplesmente perfeito!!! Adorei... Beijinhos *já tinha saudades da tua poesia
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