segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Poética II


Escrevo para não deixar voar o pensamento.
Para não o deixar fugir de mim.
Para não me perder dele.
Para que não se perca de si mesmo.
Para que fique. Sempre. Para sempre.
Porque todo o pensamento é volátil.
Até mesmo o sentimento que o faz nascer, o é.
Só as palavras são capazes de lhes dar matéria e forma eternas.
O poema, esse sim, deixo-o voar com os pássaros.



Imagem retirada de http://olhares.aeiou.pt

7 Comments:

Anonymous Anónimo said...

És uma nuvem a voar!

1/04/2010  
Blogger VASCODAGAMA said...

GOSTEI

DEIXAR VOAR O PENSAMENTO...
EU DEIXO SIM.......
SEI QUE ELE VOLTA....
ATE MIM....

BEIJO

1/05/2010  
Blogger Mika said...

A pena e o pensamento voam sempre juntos... nunca saem da asa um do outro. Mesmo no sossego do silêncio.
Abraço

Miguel

1/05/2010  
Blogger Pedro Branco said...

Solto-me nos versos deste sangue quente
Um rio-eu em direcção a um leito mais-que-perfeito
Porque cada palavra é como se fosse um grito ausente
Que desagua no silêncio pobre e desfeito

Assim, poeta ou vagabundo, tanto faz
Sou a lápide que me sepultará um dia
Dizendo: "Este que aqui fica e jaz
É apenas mais que conheceu as palavras e disso fez ventania!"

1/06/2010  
Blogger Amor amor said...

Querida, pois tens toda a razão. O poema é feito para voar. E o pensamento é feito para pousar.

Saudades!!!

Beijocas doces cristalizadas!!! ;o)

1/19/2010  
Anonymous Anderson P. da Silva said...

Gostei muito.
Belo poema.
parabens

1/22/2010  
Anonymous Anderson P. da Silva said...

Em especial essa parte:

Escrevo para não deixar voar o pensamento.
Para não o deixar fugir de mim.
Para não me perder dele.
Para que não se perca de si mesmo.

2/01/2010  

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