segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Poema inacabado

A noite é silêncio nos teus lábios,
e das palavras, há apenas uma
vaga memória, um fim de poema
que não se escreve porque o
levas contigo.

Sempre que dormes, fico à porta,
à espera que voltes por instantes.
E que tragas as palavras que faltam,
nos lábios. E que me beijes o fim
do poema ao ouvido.

Só então adormeço.