terça-feira, 12 de julho de 2011

Pausa

E agora que me conheces a frescura das manhãs de primavera, agora que sabes que das minhas mãos se faz um mundo inteiro à tua imagem e que esse mundo se tornou o teu lugar, agora que os teus olhos já viram as flores coloridas que nascem nos meus quando te vêem e te tornaste meu jardim, agora que toda a música é nossa e o vento assobia cada nota pelas ruas da cidade, agora que não podes olhar o céu sem lembrar que já tocámos com os dedos enlaçados cada nuvem, e que sabes que o tempo é apenas uma ilusão perdida nas margens do rio que nos corre nos corpos unidos, diz-me: quantas eternidades passarão por nós, enquanto sonhamos abrigados um no outro?...