Os mortos não falam
Os mortos não falam.
Se falassem, talvez dissessem aquilo que guardam
dentro dos seus corpos mortos. Palavras mortas. Enterradas.
Palavras cobertas de terra com letras decompostas pelo tempo,
comidas pelas larvas que vivem delas no silêncio.
Palavras que já não podem ser ouvidas, que nunca foram
partilhadas, que apodrecem em segredo num lugar sem fé nem luz.
Palavras que podiam dizer amor, que podiam dizer amor
mas que sufocam debaixo do chão por ninguém se lembrar delas.
Mas os mortos não falam.
Se falassem, talvez dissessem aquilo que guardam
dentro dos seus corpos mortos. Talvez escrevessem este poema.
Se falassem, talvez dissessem aquilo que guardam
dentro dos seus corpos mortos. Palavras mortas. Enterradas.
Palavras cobertas de terra com letras decompostas pelo tempo,
comidas pelas larvas que vivem delas no silêncio.
Palavras que já não podem ser ouvidas, que nunca foram
partilhadas, que apodrecem em segredo num lugar sem fé nem luz.
Palavras que podiam dizer amor, que podiam dizer amor
mas que sufocam debaixo do chão por ninguém se lembrar delas.
Mas os mortos não falam.
Se falassem, talvez dissessem aquilo que guardam
dentro dos seus corpos mortos. Talvez escrevessem este poema.
3 Comments:
és daquelas pessoas que escrevem e sabem o que realmente escrevem, parabéns, adorei!
Belo texto!
Para este poema não tenho palavras.
Um beijo.
Obrigada às duas... beijos, muitos.
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