Má sorte
Dizem que tem olhos grandes
e boca faminta,
que as suas mãos têm garras,
e que no lugar da voz
costuma ouvir-se um rugido.
Dizem que come criancinhas
ao pequeno almoço,
que é cruel e não perdoa,
que mete medo a qualquer susto.
Diz-se sempre muita coisa
e por vezes sobre coisa pouca.
Eu cá não sei, nunca vi,
não faço ideia,
mas pelo sim, pelo não,
escrevi-lhe este poema.
É que partiu-se um espelho
cá em casa
e a única pata que tenho
é a do meu gato,
em cima do poema.
Ainda bem que é a direita.
e boca faminta,
que as suas mãos têm garras,
e que no lugar da voz
costuma ouvir-se um rugido.
Dizem que come criancinhas
ao pequeno almoço,
que é cruel e não perdoa,
que mete medo a qualquer susto.
Diz-se sempre muita coisa
e por vezes sobre coisa pouca.
Eu cá não sei, nunca vi,
não faço ideia,
mas pelo sim, pelo não,
escrevi-lhe este poema.
É que partiu-se um espelho
cá em casa
e a única pata que tenho
é a do meu gato,
em cima do poema.
Ainda bem que é a direita.
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