quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Pressentimento

Pressinto a tua voz,
a luz da noite que se apaga,
o silêncio aninhando-se no
meu peito cansado.
Sei que, por esta hora,
as ruas desertas da cidade
respiram a tua ausência,
mas na minha boca há ecos
da tua voz da minha voz
soprados pelo vento morno.
Queria parar o tempo do
mundo na palavra amor,
e dentro dela fazer crescer
apenas a ideia do teu rosto,
mas tudo o que sou é inútil.
Parece que te oiço, espera,
o sonho já não demora.

É tão frágil anoitecer ao relento
na margem do coração.