Viagem nocturna
É noite e a cidade é vento
árvores e alcatrão, árvores e alcatrão
faróis acesos em movimento
e no rádio mais uma canção
se fumasse, acendia um cigarro
se cantasse, afinava a voz
abria as janelas do carro
e chamaria por nós
o silêncio atravessa a estrada
os cavalos sempre a correr
um grito perdido no nada
e o primeiro verso a acontecer
há sílabas soltas nas ruas
à espera da nossa passagem
palavras sozinhas e nuas
espalhando-se pela paisagem
é vento à noite a cidade
poemas voam do chão
e tudo em mim é saudade
rasgando
árvores e alcatrão, árvores e alcatrão
árvores e alcatrão, árvores e alcatrão
faróis acesos em movimento
e no rádio mais uma canção
se fumasse, acendia um cigarro
se cantasse, afinava a voz
abria as janelas do carro
e chamaria por nós
o silêncio atravessa a estrada
os cavalos sempre a correr
um grito perdido no nada
e o primeiro verso a acontecer
há sílabas soltas nas ruas
à espera da nossa passagem
palavras sozinhas e nuas
espalhando-se pela paisagem
é vento à noite a cidade
poemas voam do chão
e tudo em mim é saudade
rasgando
árvores e alcatrão, árvores e alcatrão
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