Falávamos de amor como se o amor fosse dizível
Falávamos de amor como se o
amor fosse dizível,
como se o amor fosse aquilo
que se faz com as palavras
quando o silêncio nos queima
os lábios por dentro.
Tratámos o amor por tu
e levámo-lo connosco
à chuva,
enquanto decorávamos
placas com os nomes
das ruas e líamos
em voz alta os
letreiros dos cafés.
Tu com o teu casaco velho
de algibeiras rotas
por onde moedas e sonhos
se haviam perdido,
eu com livros de poemas
inúteis nas mãos.
Não sei se a dada altura nos
abrigámos, talvez
ainda chovesse,
talvez fizesse frio,
correntes de ar entre palavras
e o meu lenço
(ou terá sido um verso)
voou.
As poças de água no chão
reflectiam a noite e
encharcavam-nos os sapatos,
e nós falávamos de amor
como se o amor fosse
um peixe a nadar
aos nossos pés.
amor fosse dizível,
como se o amor fosse aquilo
que se faz com as palavras
quando o silêncio nos queima
os lábios por dentro.
Tratámos o amor por tu
e levámo-lo connosco
à chuva,
enquanto decorávamos
placas com os nomes
das ruas e líamos
em voz alta os
letreiros dos cafés.
Tu com o teu casaco velho
de algibeiras rotas
por onde moedas e sonhos
se haviam perdido,
eu com livros de poemas
inúteis nas mãos.
Não sei se a dada altura nos
abrigámos, talvez
ainda chovesse,
talvez fizesse frio,
correntes de ar entre palavras
e o meu lenço
(ou terá sido um verso)
voou.
As poças de água no chão
reflectiam a noite e
encharcavam-nos os sapatos,
e nós falávamos de amor
como se o amor fosse
um peixe a nadar
aos nossos pés.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home