quinta-feira, 21 de maio de 2015

Desculpas de poeta sem relógio

Vê tu bem,
tropecei neste poema e caí
de versos no chão.

Sim, sim,

ainda por cima sujei o meu
vestido branco,
logo o meu vestido branco,
que vai tão bem com as mais
elegantes figuras de estilo.

Por sorte não parti um salto,
só me faltava andar desalinhada
a tentar acertar com os passos
nos intervalos das palavras,
sem pisar vírgulas inocentes
ou acentos tão graves quanto a
minha situação.

Poemas aos buracos, onde é
que já se viu...

Mas não te preocupes,
são só mais cinco minutos,
estou mesmo, mesmo a chegar.