Cantiga da rua
Eu, no teu lugar, nem olhava para trás,
calçava os sapatos de solas novas e
saía para a rua a cantar, talvez dançasse
com o primeiro estranho que encontrasse
pelo caminho, só para estrear as solas
dos sapatos, rodopiar os sonhos no
meio de uma praça apinhada de gente,
isso é que sim, vale a pena, e depois
continuava, serena, o meu caminho, as
solas dos sapatos já mais felizes, a minha
voz a fazer ricochete na água deixada
pelas últimas chuvas, o Inverno está
de partida e há flores a rir às escondidas,
eu, no teu lugar, quando me acabassem
as canções, deixava este poema e
punha-me a rir com elas.
calçava os sapatos de solas novas e
saía para a rua a cantar, talvez dançasse
com o primeiro estranho que encontrasse
pelo caminho, só para estrear as solas
dos sapatos, rodopiar os sonhos no
meio de uma praça apinhada de gente,
isso é que sim, vale a pena, e depois
continuava, serena, o meu caminho, as
solas dos sapatos já mais felizes, a minha
voz a fazer ricochete na água deixada
pelas últimas chuvas, o Inverno está
de partida e há flores a rir às escondidas,
eu, no teu lugar, quando me acabassem
as canções, deixava este poema e
punha-me a rir com elas.
4 Comments:
Para quando o novo livro?
Abraço
rir...hoje choramos mais do que vamos rindo...dias diferentes de estares diferentes...como voltar a rir, pelo menos sorrir...gastando as solas no poemas que nos levam para longe do inverno, à descoberta sim das flores
Beijo
Os meus pés nos seus
Perdoem-me só agora ter publicado estas vossas palavras. Por alguma razão não recebi notificações quando as aqui deixaram e ficaram esquecidas. Garanto-vos, no entanto, que são muito apreciadas. Obrigada pelas vossas visitas a esta pequena nuvem.
Enviar um comentário
<< Home