terça-feira, 26 de setembro de 2017

Acordar

Por vezes, no meu sonho, sou mar ou
céu e abarco tudo o que há, amor, ódio,
guerra e paz, tudo me pertence e eu sou
infinita, pertenço a tudo, tudo é meu

outras vezes, sou apenas um quarto
de paredes transparentes, toda eu sou
luz, toda eu sou sombra, contenho em
mim toda a energia do universo que
eu mesma faço pulsar, crescer, expandir

de todas as vezes sou eu e sou tudo,
sou inteira em cada ínfima partícula do
mundo, e ao mesmo tempo, sei que não
existo, não estou em parte alguma:

Aconteço na subtil respiração da flor.