O poema possível
É possível que a poesia me tenha morrido
nas veias, afogada no veneno dos dias,
das horas ácidas, do desencanto.
Procuro-a nos recantos da casa, nos
sonhos amarrotados sobre a cama desfeita,
nos casacos deixados à porta como se o
frio do Inverno não pudesse entrar.
Não a encontro e pergunto-me se ela
alguma vez me procura, se como eu sente
a falta dos versos, da beleza que faz doer,
das palavras a pulsar de vida
e de renascer outra e sempre a mesma a cada poema.
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